quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Como fica a responsabilidade socioambiental na hora de comprar roupas?

Você já pensou sobre o impacto que suas roupas e calçados podem ter gerado na Natureza, seja através de processos químicos aplicados aos materiais, mão de obra irregular ou a emissão de poluentes devido ao transporte das matérias primas e, depois, do produto acabado até a loja?

A proposta é nos questionar: de onde vem a roupa e o calçado que utilizo? Será que segue preceitos ecológicos? Será que as pessoas envolvidas no processo de fabricação tem condições “humanas” de vida e trabalho?

Se você é daqueles que transformou penso, logo existo de René Descartes em “consumo, logo existo”, está na hora de sentar-se como aquela famosa estátua de Rodin “O pensador” , colocar a mão na consciência e mudar alguns hábitos.

Algumas dicas para vestir-se com responsabilidade socioambiental:

  • Se questione sobre a real necessidade de adquirir mais uma peça de roupa ou calçado; ou se está comprando por impulso, ou só “para ficar na moda”
  • Opte por produtos brasileiros, melhor ainda se forem da sua região, não apenas para promover o crescimento regional mas porque menos combustível foi queimado para levar o produto até o ponto de venda, ou seja, até suas mãos;
  • Opte por produtos com selos ambientais e sociais como amigo da criança, orgânico, comércio justo (fair trade);
  • Se a roupa não serve mais doe para familiares, amigos, ou instituições de caridade. Com esse gesto você aumenta o tempo de vida de uma peça, reduz a geração de lixo e a demanda por algodão convencional;
  • Se tiver criatividade e o dom da costura, ou conhecer alguém que o tenha, transforme a peça de roupa usada em uma “nova”;
  • Não tenha receio de comprar e vender roupas em um brechó, você pode encontrar lindas peças nesses locais por um preço ótimo.
  • Se o colégio onde você ou seus filhos estudam exige o uso de uniforme, promova junto a diretoria uma feira de trocas no final do ano, para que os alunos possam trocar seu uniforme que ficou pequeno, por um maior. Havendo a troca anual, todos cuidarão melhor de suas roupas.
  • Desconfie: o produto está muito barato? Hum… ele pode ter sido produzido por mão de obra irregular (crianças, trabalho escravo, ou qualquer outra possibilidade). Tente se informar sobre a origem do produto, políticas de responsabilidade e existência de fiscalização ou auditoria. Lembre-se, o que está na moda é ser responsável e não a nova “bermuda-frisada-em-verde-bandeira.”
  • Você sabia que a Internet é um ótimo lugar para trocar roupas? Existem vários brechós online, dê uma olhada.
  • Lembre-se dos famosos 3 Rs: Reduzir (é mesmo necessário comprar?); Reutilizar (posso reaproveitar a peça com um reparo ou uma mudança que a torne interessante novamente?) Reciclar (troque, doe, venda, faça a peça circular – de nada adianta mantê-la no armário acumulando poeira, faça a energia circular!). E quando não houver mais jeito? Ainda existe uma opção: que ela vire então, um belo pano de chão.

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